Nem sempre é fácil conviver com as pessoas. Todo mundo sabe disso. Mas é de conhecimento geral que necessitamos de companhia.

Esta semana levantei a bandeira de uma companhia totalmente diferenciada. A cada dia uma diferente.

Não seria maravilhoso conhecer alguém diferente a cada dia?

Nada de conversar enfadonhas sobre assuntos que você está cansado de falar e ouvir.

Conversas sobre o clima se tornariam completamente desnecessárias partindo do ponto que você saberia que iria ter que começar uma amizade com alguém completamente desconhecida.

Eu por exemplo já falaria que meu futuro amigo teria que se acostumar, pois tem horas que eu gosto de ficar quietinha prestando atenção no que está passando na televisão. Falaria que me incomoda demais que não me deixem assistir a minha programação na televisão. Que sou uma pessoa que gosta mais de ouvir o que as pessoas tem a falar, não sou falante.

Como seria se essa realidade existisse?

Pensei, pensei e vi que realmente existe. Visito muitos blogs e é conhecer uma pessoa nova a cada dia. hoje por exemplo entrei em um blog que dizia: "Volto já!" Mas a data era 12/05/2006. Não pergunte como fui parar lá. Mas com essas palavras eu apenas conseguia ouvir uma palavra dizendo: "Não tenho paciência para você, não volte!"

E olha que estou excluindo totalmente a minha 'dramaticidade'.

Gosto de palavras doce, gosto de me sentir querida.

Por essas e outras tentarei voltar a povoar meu pequeno blog para agradar cada vez mais vossos olhos e coração.

"Não sou pra todos.
Gosto muito do meu mundinho.
Ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas.
Às vezes tem um céu azul, outras tempestade.
Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos.
Mas não cabe muita gente.
Todas as pessoas que estão dentro dele não estão por acaso.
São necessárias."
Caio Fernando Abreu

Hoje, enquanto eu tentava fugir do calor, pude ver retratado no céu azul a calmaria que eu estava sentindo.
A brisa suave e gelada da manhã...
O céu ainda a clarear.
Um beija-flor ali.
Um avião passando acolá.
Um silêncio ficando.
Nada incomodava.
Um chá, um livro. Uma soneca.
E hoje eu me vi.
Ali retratada. Logo ali, do lado de fora.
Onde pensei que nunca me reconheceria.

Mas reconheci!!!

Raramente sou contemplada com a graça de lembrar dos sonhos.

Nem sonhos bons

Nem sonhos ruins

Mas quando lembro... são coloridos!!!

Na última semana tenho sonhado em preto e branco.

Parece que estou em filme antigo.

Quando tem cor, são cores frias...

Sinto que meu subconsciente não que mais nada quente.

Nem cores quentes.

Se pudesse pedir, eu pediria para sonhar com uma imagem parecida com essa.

Acho que nunca a encontrarei no Rio de Janeiro. Mas está valendo. É isso ou acordar com um sorvete de café da manhã!!!

Música para acompanhar...

Não adianta, certos pensamentos já não mais consigo deixar de ter.

Pode ser sorte, destino ou o que quer que seja.

Mas não me peça para acreditar que não podia ser diferente.

Ainda lembro da minha voz embargada dizendo que tudo podia ser diferente.

Minha voz dizendo que eu não aceitava que as coisas estavam acontecendo daquela forma.

Meu coração apertado de pensar que todos tiveram boa intenção.

Que todos tiveram as mesmas boas ações.

Mas as pessoas que deveriam ser as mais interessadas não se interessaram.

Ainda lembro de algumas palavras que ficaram presas no meu peito, pois tive medo de dizer e hoje tenho ainda mais medo.

A decisão nunca esteve ao meu alcance, mas sempre tive raiva por você não ter escolhido o certo. E agora?

Você perdeu muito, nós perdemos muito.

Eu sei que a amizade não era a maior do mundo, mas poderia ter sido.

Me abalou.

Sacudiu algumas teias de aranha que estavam presas a certos pensamentos que eu não revisitava há bastante tempo.

Férias que passávamos lado a lado.

E especialmente os momentos que passamos ao lado do portão da Biza. Nossas melhores conversas, nossas maiores fofocas. O que falamos nunca mais foi repetido.

Nossas vidas foram vivendo vidas diferentes.

Trilhando caminhos para diferentes destinos.

Um dia a raiva passa... Agora já não tem mais jeito.

Procurarei guardar estas últimas lágrimas que rolam.

Eu sei que a raiva vai passar... Eu vou manter guardada na minha memória uma porção de momentos bons.

Acho que nem tudo pode ser refeito nesta vida...

Sei que não posso culpar ninguém além de mim. Sinto que a vontade de escrever foi arrancada de minhas mãos.

mas quem além de mim permitiu que isso acontecesse?

Permita-me refletir sobre o tempo que tenh

o dedicado a mim...

...

...

Tudo se resume a uma caminhada matinal feita com intervalos irregulares.

Além de voltar a ouvir meus pensamentos diariamente preciso também voltar aos meus papéis.

Exercitar corpo e escrita!

Um dia chego lá...